Amor e paixão

Há uma diferença bem grande entre amor e paixão. E não sou eu, em devaneios da madrugada, que estou inventando a roda ao afirmar isso. A Química explica de forma fria e calculista. Prefiro o lado romântico da explicação, aquele que acredita que todo grande amor nasce de uma atração, uma paixão, um algo diferente que faz seu coração bater de forma frenética ao se aproximar do alvo escolhido pelo Cupido. E ele prega muitas peças. Quando menos se espera, ou se imagina, vem ele com aquela flecha, que atravessa o peito e, ao invés de sangue e dor, gera sensações que não podem ser traduzidas em palavras; só quem vive para saber e entender toda a magnitude desse momento. E depois você quer mais e mais momentos de união, companheirismo, cumplicidade. E viver ao lado da pessoa que desperta paixão passa a ser mais do que explorar bons momentos, se transforma em necessidade.
A paixão simples, pura, solita, como conta a Química, é finda. Mas se ao seu lado caminha o sentimento de poucas letras, mas infinitos significados, que é o amor, daí ela se avoluma, cresce, floresce, entorpece, e permanece por mais tempo. O calor, a vontade, as batidas insandecidas do coração continuam. E a cada visão que se tem da pessoa amada aumenta a sensação de que se está no caminho certo, de que é assim que vai desenhar o seu futuro, de que a eternidade é um segundo quando comparada com a sua capacidade de amar. E quem aprender a conjugar e transformar esse verbo em ação vai viver feliz para sempre.

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