Recuerdos de Taquari

Na última segunda-feira oficializei a minha saída da Empresa Jornalística e de Radiodifusão Açoriana (Ejora). Era hora de cortar o cordão umbilical. O jornal O Açoriano e a rádio Açoriana me possibilitaram a sensação uterina. Me alimentaram de conhecimento, me deram afeto e carinho necessários para enfrentar a vida, assim como fazem as mães, durante o período de gestação.
O reconhecimento pode ser pessoalizado, porque cada um dos que passaram ou estão na Ejora configuraram-se peças fundamentais no quebra-cabeça da minha vida. Foi a confiança depositada pelo diretor Valdir Fritz de Souza, a experiência de Maria Neci Klagenberg, a sobriedade de Edgar Borba de Aguiar, o bom humor de Cláudio Alberto Silva, a parceria de Deiberson Cristiano Horn, o dinamismo do garotinho Luiz Fernando Machado Martins, a responsabilidade de Vanusa dos Santos Haetinger, o coleguismo de Carla, Viviane, Cassiano, Cássio, Gessi, Maria Cleci, Marcos Schwab, Márcio Fazenda, Micheli, Gabriel Becker, Diego Cunha, Elton, Diego e Daiane, a hiperatividade de Mario Sidnei Martins...
Alguns nomes podem ser citados de forma separada. Valberto Mariante, polêmico, mas mestre. Por duas importantes ocasiões nos depositou sua confiança. Elizandro da Silva Becker, um jovem que ainda vai crescer muito, pois tem vontade e demonstra, há algum tempo, capacidade. Everton Pacheco é meu amigo, meu sócio, meu irmão. Obstinado, sabe o que quer e vai atrás disto.
Deixei este por último, entre os funcionários, não por falta de importância, mas por ser especial. Refiro-me a José Valmor Pereira. Foi nele que mandaram espelhar-me, foi olhando o que fazia que aprendi, na prática, o pouco que sei e pude unir a teoria da universidade. Agradecendo a ele, estendo a todos os demais colegas de quem tenho saudade.
Além dos colegas, na empresa, outras pessoas foram importantes pela amizade e companheirismo. São eles Moacir Teixeira dos Santos e Lênio Cardoso Fregapani. Nominar todos seria impossível, mas é preciso lembrar dos ouvintes, leitores e anunciantes, que nos apoiaram, nos incentivaram, nos criticaram e nos confiaram seus nomes e suas marcas. Cada um de vocês têm seu lugar reservado na história deste bomretirense, que veio fazer a vida em Taquari e foi recebido da melhor forma.
É assim que saio desta cidade. Levo o coração partido pela ausência dos amigos. Deixo a família e sigo a trilha construída por Deus para que consiga caminhar para a prosperidade. Jamais vou esquecer as lições que aprendi, as demonstrações de carinho que recebi e os amigos que conquistei.
Na esperança de um dia voltar, deixo aos taquarienses, povo guerreiro e amigo, os sinceros agradecimentos e votos de muito sucesso. Não digo adeus, mas até logo, pois sempre que puder, ou quando Taquari precisar, estarei à disposição.
Marcio Souza
marcio.jornal@joinet.com.br

Comentários

Leandro Molina disse…
É isso aí Márcio, você está passando por uma experiência que já passei. Mas isso faz parte do crescimento humano. Claro que é difícil se desligar de uma vida cotidiana que levamos. Mas a família, os amigos continuarão lá. E novos amigos, novas relações serão construídas. Assim é feita a vida. Desejo sucesso neste novo empreendimento. As mudanças sempre são necessárias. Então que sejam para melhor. Grande abraço.