Pereira Coruja

Vi parte de minha história se ruir em meio à fumaça e imensas labaredas, sexta-feira, à tarde. O Instituto Estadual de Educação Pereira Coruja, onde estudei o Ensino Médio, se desmontou diante do fogo. Naquelas salas em que aprendi, que fortaleci minha vontade de ser jornalista, só restam classes retorcidas e cinzas; aquelas pessoas que me ensinaram estavam chorando na beira da calçada ao ver nosso colégio se terminando; aqueles corredores que contam histórias, por onde passaram pessoas que fizeram a história, perderam as paredes, a cor e ficaram nebulosos, dando lugar à inesperada solidão do abandono. Eles estavam sempre cheios, tudo tão barulhento. Agora acabou. As aulas vão continuar, novas histórias vão se fazer, mas ali onde estávamos não existem mais as paredes borradas com liquid paper ou com as "colas" feitas a lápis, só a lembrança, que um dia se vai, com o passar dos tempos. Saudades! FORÇA, PESSOAL! Contem comigo!

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