Profissionalismo

Há uns 10, 11 anos, tinha uma namorada (mesmo fazendo tanto tempo ainda vão pensar que eu era um tarado, mas quero dizer de antemão, que nada de degradante foi feito e que se manteve a inocência feminina da jovem, que respeito muito assim como sua família, que até hoje tenho como meus grandes amigos). A explicação toda é porque a garota tinha 14 anos e a história de profissionalismo vai rolar com a chegada de seu aniversário de 15 anos. Combinamos que eu faria a apresentação de um texto durante a sua entrada - assim como fazia, profissionalmente, para outras meninas, como mestre de cerimônias. Só que um mês antes do aniversário terminamos (mais claro, ela terminou). O que fazer? Pensei que sou maior do que qualquer sofrimento que poderia ter sido gerado naquele momento. Fui até sua casa, peguei os dados e, no dia da festa, lá estava eu, engravatado - bonito mesmo - como se nada tivesse acontecido. Fiz meu trabalho e curti a festa, que estava bem bacana.
Nunca fui um cara corajoso. Na verdade sempre fui adepto da célebre frase: "Prefiro ser um covarde vivo do que um herói morto", mas quando o assunto é profissionalismo, não abro mão. Muitas vezes queria fazer como o avestruz (acho que são eles que fazem isso) e enfiar a cabeça na terra, mas é preciso se manter a cabeça erguida e se persistir na batalha. Foi assim que venci todos os desafios propostos. Na hora que tiver um problema, por maior que seja, siga a vida, porque com o tempo vai se resolver e você vai poder dar boas risadas disso tudo.

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