Perdas

É muito triste você ver algo, que se apresenta como sólido, como definitivo, como pronto e certo, se esvair pelas mãos como areia de praia. Aquilo que pode dar a impressão de que você fez a coisa certa, de que não vai ser arrepender, de que todo a barreira vai ser derrubada com tranquilidade, de um momento para outro, vira frágil, se transforma de um ciclone em leve brisa. O que leva isso a acontecer? Bom, talvez a incapacidade que temos de entender as coisas e os humanos; talvez a incapacidade das coisas e os humanos nos entenderem; talvez pela necessidade que temos de sermos vistos, quando o que ocorre, na verdade, é que fomos esquecidos pelo tempo e as novidades, que a vida apresenta. Em resumo: não gosto de perder nada. Espero que consiga sobreviver a todas perdas que a vida há de me impor.

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