Então

Estou com vontade de viajar no texto, de sentir as palavras batendo em meu rosto como os pingos da chuva, que insistem em cair lá fora. Ouço o barulho da água que cai, como queria ouvir o efeito sonoro de palavras bem ditas. Sinto necessidade de ler algo que não seja óbvio, de escrever algo que não seja óbvio, de viver algo que não seja óbvio; sinto-me aprisionado num eu, que nem sei quem é; estou confuso; sinto-me só, extrema e tristemente só, mas sei que estou acompanhado; algumas vezes na companhia que pedi a Deus; o que me consola em alguns instantes. Que venham os dias, os momentos, a vida, e que me ensine a vivê-la de modo a não sentir meu peito apertado, os olhos caudalosos, corpo e mente lentos.

Comentários