Que doido

Não sei o que faço no blog. Penso em devanear e entrar em minhas loucuras, explorando o meu "eu". Também penso que sou um jornalista e poderia usar este meio para informar as pessoas que se atrevem a digitar o www.marciosouza.blogspot.com Parece que tenho responsabilidade de passar a informação, assim como fazemos (meus colegas e eu), diariamente, no jornal. Mas aí volta aquela vontade de conversar comigo, e o blog passa a ser um espaço em que posso me deleitar e falar sobre algo que não falaria ao grande público, ou que não seria de interesse de qualquer que fosse a criatura, a não ser da persona que me habita. Se tenho outro por dentro? Não. Tenho a mim mesmo. Meu outro por dentro sou eu em minha plenitude. É mais fácil encarar assim, pois quando fazemos algo que não concordamos podemos condenar este outro ser. Da mesma forma que, quando queremos fazer uma fofoca podemos conversar com o ouvinte, ora mudo, ora megalomaníaco falante que se esconde no íntimo.
Na verdade não sei o que quero. Estou satisfeito e insatisfeito; pleno e incompleto; tenho certeza, mas é de que estou incerto; deixo um pouco a barba que é para esconder minha cara de mim mesmo; e logo a tiro, porque a máscara me irrita e dá coceira no pescoço; penso em deitar em uma rede, tomar água de coco, e ler bons livros; penso em trabalhar o dia inteiro, feito um workaholic; penso em comer um bife bem passado rodeado de batata frita com a mesma vontade que tenho de me tornar vegetariano; penso em fazer um monte de coisa. Porém antes que faça qualquer uma delas, vou tomar um banho e ir dormir, porque amanhã é outro dia. Quem sabe, um dia melhor.

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