Quis doar sangue

Eu tentei. Fui com boa vontade - um medo do caramba - mas com boa vontade. A ideia era chegar no banco de sangue, estender o braço e dizer: "Pode tirar o necessário. É por uma boa causa". Daí tu chega lá, espera um pouco, faz um cadastro, que é rápido, mas que tem que esperar um monte até que seja feito. Te furam o dedo. É a primeira etapa física: o furo no dedo. Tenho 45 não sei o que, mas é bom. O mínimo é 38 para doar. Minha colega tinha 35 - fraca, precisa de Ferro. Forte, vigoroso, me achei. O pequeno "fortão". Entrei em uma sala com a "enfermeira" e começou o interrogatório. "Tem alergias?" - Asma, rinite, e tudo o que é ...ite, mas faz tempo que não dá nada. Então passa. Ufa!
Enfermeira: "Faz sexo?"
Eu: "Ahn?"
Enfermeira: "Sexo? Fez com parceiras diferentes nos últimos seis meses?"
Eu: "Sim".
Enfermeira: "Então não pode doar. Você faz parte do grupo de risco."
Eu: "Putz! Entrei com a maior boa vontade, mesmo me preservando ao máximo (camisinha e tudo e tal), e sai como alguém do grupo de risco."
É bem doida esta sensação. Um pequeno, fortão, e agora promíscuo, pervertido, ao menos na visão de quem recebe o sangue.

Comentários