Está frio

Está frio. No pescoço uma manta de lã espanta a chance de um resfriado inesperado. O corpo aquecido com as roupas mais diversas, que a falta de coerência em relação à moda pode ditar; os pés, como sempre, gelados, até suados, como se tivessem participado de uma maratona. A cabeça já está em casa, num chuveiro quente a espera de uma noite de sono tranquilo e mais do que agradável. Pobre de quem realmente é pobre, de quem tem o céu de estrelas como teto, de quem se cobre com folhas de papelão, de quem vive a mercê da ajuda alheia para se alimentar. E há gente que tem tudo que tenho, ou que tem mais do que tenho, e ainda reclama. Hipócritas.

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