Férias

Alpargata, meia, pernas para cima, um note no colo, calça de moleton e camiseta surrada. A própria versão do esculacho, o largado, algo que beira ao bizarro, que apesar da descrição feita, parece indescritível. Pois é, sou eu em uma bucólica manhã de sábado. Desânimo? Depressão? Abandono? Solidão? Que nada. FÉRIAS. F-É-R-I-A-S Parei. A mente, aos poucos, esvazia, dando lugar a uma organização de 15 dias, que têm tudo para serem muito bons. Algumas atividades ousadas, outras malucas, mas todas que mostram a minha cara, o meu perfil, que sou de verdade. O Marcio que, talvez, só o Marcio conheça. E esta criatura catatônica está pronta para tudo o que tem por vir. Então, dona férias, sua linda, minha linda, gostosa curvilínea que se chega e me domina, seja bem-vinda, faça de mim sua vontade; estou à sua disposição. A única coisa que solicito, de momento, é me deixar, daqui a 15 dias, em frente o local de trabalho, inteiro e apto para retornar. Até lá, faço do esculacho a minha moda.

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