A inocência infantil

É bacana rememorar, às vezes, o nosso período de infância. Admito que não sou uma pessoa de boa memória. Por algum motivo, lembro-me pouco dos acontecimentos de quando era piá, lá em Bom Retiro do Sul. Da vida em Taquari, a partir dos quatro anos, tenho algumas recordações - a maior parte delas, que me encantam pela ingenuidade dos pequenos. Imagine você que existia um chocolate (não sei qual a marca) produzido em formato de guarda-chuva. Com a ardilosa ideia de querer cultivar, talvez com pensamentos econômicos, comia o chocolate, mas deixava uma pequena parte, no fim do cabo do "guarda-chuva", com a intenção de plantar para ter uma árvore daquele doce. Tinha um canteiro de "guarda-chuva" em que apareciam os cabinhos, em plástico, e, enterrado, um pequeno pedaço de chocolate. Quanto chocolate perdi. Não perdi, porém, a oportunidade de viver a inocência da criança que, em meio ao turbilhão de malandragem juvenil e adulta, ainda consegue fazer da fantasia a esperança de dias melhores.

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