Aniversário é inevitável, envelhecer é opcional


Sou libriano. Nasci do dia 13 de outubro de 1978. Portanto, nesta semana, completei 42 anos. Foram 42 anos bem vividos. Poderiam, de alguma forma, ser melhores? Talvez. Mas entendo que foram aproveitados. Pode trocar muitas experiências, conhecer muitas pessoas e aprender. Aprender que fazer aniversário é inevitável, mas que envelhecer é opcional. 


Não topo envelhecer.  E quando digo envelhecer não me refiro à cor do cabelo, eventuais rugas, às dores que podem aparecer por aqui ou por ali, me refiro à forma de pensar, ao que tenho em mente como entendimento de vida. Podem falar que não me comporto como alguém de 42. Esta é a ideia. Me comporto como gosto de ser, como me sinto bem.


Não preciso me enclausurar e ficar jogando dominó com amigos velhinhos, porque meus cabelos estão ficando brancos. Se quiser fazer isto, também, qual o problema? Ninguém deve estar condicionado a fazer o que o calendário sugere como sendo normal para a idade.  


Meu normal para a idade é fazer o que meu corpo suporta, que seja conversar com amigos na mesa do Boteco até altas horas ou ficar maratonando séries no Netflix. Enquanto o corpo acompanha a mente, ambos que lutem. Depois vamos pensar como agir, mas que fuja de algo pre-estabelecido, como se fosse bula de remédio. 


O desenho da vida e o desenrolar da história somos nós que definimos. Do contrário, seríamos robôs, com programação definida de fábrica. Pobres robôs, que envelhecem, enferrujam, e são jogados fora. Farei vários aniversários, enferrujarei, mas nunca me jogarei fora, porque com amigos e família sou o bem mais precioso que tenho. 


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