A solidão do trono

Ela tem um dos mais cobiçados cargos do mundo; tem vida financeira garantida para toda a família; tem poder, mesmo que simbólico; tem nome; e tem uma coroa; e tem tudo isso há décadas. É Elizabeth. É a rainha da Inglaterra. 
Aparentemente, ela tem tudo, mas lhe falta um detalhe importante. A rainha não tem, e nunca teve, liberdade.  Ficou enclausurada, presa à série de formalidades e obrigações que o cargo lhe impõem. Rainha desde muito jovem, não deve ter aproveitado a juventude, teve uma vida adulta com a retidão exacerbada; e uma velhice vigiada, talvez, até,  com os olhos ávidos daqueles que querem a sua despedida para assumir p trono.
A série The Crown mostra este outro lado da monarquia. Um lado triste, sombrio, que mostra altivez, mas ao mesmo tempo submissão, que mostra alguém que viveu toda a vida de aparências, de métricas formais, de estar em uma família que tem riqueza, mas que precisa do maior bem que podemos ter: amor.
É claro que a vida não é apenas um amontoado de presentes e motivos para sermos felizes, mas um bem precioso que temos é o direito de sermos nós, de fazermos nossos acertos e nossas burradas sem a preocupação do holofote crítico da sociedade. Somos reis e rainhas de nossa vida! Esse trono não é tão cobiçado, mas bem ocupado deve causar inveja à nobre Elizabeth! Salve a Rainha! 

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