Brasil, o país que aniquila jovens

O Brasil apresenta-se como um país do futuro, mas faz questão de aniquilar todos aqueles que podem representar este futuro. Trata mal os velhos, ao mesmo tempo que aniquila os jovens acabando com qualquer possibilidade do surgimento de novas lideranças. 
Um exemplo de que essa afirmativa está correta é o que movimentou a mídia nesta semana: a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio. Assim, ele pode voltar a ser, legalmente, presidenciável. Isso é uma piada, não pelo que Lula pode ou não ter feito para justificar as condenações, mas porque o Partido dos Trabalhadores, que é uma grande agremiação política, tem o mesmo líder há mais de 40 anos. 
Liderança sindical, ele disputou a eleição de 1989 para a presidência. Mais três até conseguir seu intento. Ganhou duas em sequência; elegeu e reelegeu a primeira mulher presidente - a impopular Dilma Rousseff. 
Do outro lado, e aí está mais um problema, porque temos dezenas de partidos políticos, mas apenas dois lados, o Messias. Eleito como novidade em 2018, estava há 28 anos no Congresso, onde teve duas únicas ações que o destacaram: dormia nas sessões plenárias e fazia discursos polêmicos, sobretudo, quando o assunto é comportamento social.
Agora, presidente, desde o primeiro dia de seu governo não faz outra coisa senão campanha para 2022 conquistar a reeleição - o que tanto condenou como perpetuação do poder da esquerda. Exemplos não faltam de que está empenhado na eleição, em vez da gestão: Dória apareceu, Bolsonaro, como capitão do Exército, lançou artilharia contra ele; apareceu Luciano Huck, o foco passou a ser o apresentador; todas as armas se voltaram para o chato das tardes de sábado; a bola da vez é Eduardo Leite, apresentado como possível candidato. Não interessa o país. O foco é matar o nome do governador gaúcho. 
E assim os brasileiros seguem entre o populismo barato de Lula e Bolsonaro. Um se apresenta como o mais honesto do Brasil; o outro como mito, acreditando dar razão ao nome Messias. Nem esta utopia de honestidade, nem um salvador da Pátria, o país precisa, urgentemente, de um gestor, de quem tenha coragem de administrar a economia, sem esquecer o social.

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