O dedo ruim

Quem curte o estilo musical Sertanejo Sofrência, certamente, conhece Marília Mendonça. Não se trata de mais uma no mundo da música; chegou de mansinho e assumiu o trono da dor de cotovelo, da bebedeira por um amor mal resolvido, do empoderamento feminino diante das dores do amor. É, em suma, a rainha. E se a rainha fala está falado. 
Em uma de suas músicas, ela enaltece a falta de mira do Cupido. "O meu cupido é gari, só me traz lixo, lixo, lixo, você é prova disso." E, fora das notas musicais da sofrência, muitas vezes isto se repete. Claro que o Cupido até se esmera para garantir algo bom, mas a pessoa flechada consegue desvirtuar e apontar para o lado errado.
Eis que surge uma luta épica entre o Cupido e o Dedo Podre. Deve ter uma explicação lógica para se apontar para quem vai fazer sofrer, para quem vai trair, talvez seja alguma peça do destino para compensar maldade feita em outra encarnação. 
O fato é que o Dedo vence o Cupido. Sorte da música Sertaneja de Sofrência, porque ganha muito combustível para queimar os corações desolados, que acabam na mesa do bar, prontos para apontar para mais um lado, o errado, claro. 

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