Por onde andas, Astro Rei?

A luz natural é o que mostra que o dia chegou. Os mais românticos até ousam virar a noite acordados apenas para ter o privilégio de acompanhar o despertar do mais poderoso dos astros, o sol.
Ele é encantador, atrai por sua força ao mesmo tempo que afasta pelo mesmo motivo. É difícil de encará-lo. Olhar, sem medo e sem consequência, só quando ele está meio disperso do humano, quando está mais preocupado em fazer do céu um espetáculo, como no amanhecer e no entardecer. 
Mas com toda essa característica de todo poderoso, com a fama de ser o rei dos céus, de queimar quem dele chega perto, não consegue superar e rasgar a cortina nebulosa trazida ao Sul com o inverno. Ele até insiste, você percebe que está escondido por trás das densas nuvens, mas no fim, até os mais fortes acabam tendo seus dias inglórios. 
O poderoso sol se depara com as nuvens invernais gaúchas, e elas se transformam em arma poderosa, como a criptonita ao Superman. Como o Homem de Aço, em algum momento ele voltará esplendoroso, mas precisará de autorização para isto.
Nos socorra, Batman do clima, traga, novamente, o nosso Astro Rei aos céus do Rio Grande, antes que a umidade nos faça virar fungo e esqueçamos de como é lagartear na terra do Fundão da Grota. 

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