Como será o amanhã?


 

Simone cantou, num passado distante, a música que questionava o futuro: como será o amanhã? Responda quem souber. O que irá me acontecer? O meu destino será como Deus quiser.

A verdade é que sempre tivemos vontade de saber o que nos espera, como se isso fosse possibilitar uma ação preventiva, caso o destino tenha pregado uma peça negativa para os dias vindouros. Mas será que queremos ou devemos saber o que está por vir?
Outro dia, vi a previsão do tempo estendida para a semana, mostrando que, a partir de quinta-feira iria chover e baixar a temperatura. Em outras épocas, quando estas previsões tinham menos assertividade, nem daria bola, mas, agora, ciente de que erram pouco, já me preparo para a queda brusca dos termômetros. Sei que dias tensos estão por vir e nada posso fazer para evitar. Gera ânsia, uma sensação estranha de ver o que considera um problema e não ter como solucioná-lo. 
Se apenas em saber que o frio está chegando, o que é inerente ao inverno e inevitável, já cria toda essa situação de conflito interno entre meus "eus", imagine saber sobre o futuro, de fato, sobre os acontecimentos que passarão a fazer parte de nossa história. 
Acho que a resposta para a cantora Simone é uma só. Não sei como será o amanhã; amanhã saberei. Se for bom, aproveitarei ao máximo; se for ruim, banco o Neymar com a bola, driblo e, no fim das contas, marco um gol de três dedos. E, claro, corro para o abraço, como se nada tivesse acontecido. Afinal, amanhã é outro dia.

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