As bocas sob as máscaras

A atriz Angelina Jolie tem entre seus mais atrativos atributos físicos a boca. São lábios bem desenhados, carnudos, lindos, que adornam o rosto de uma forma impressionante. Cada vez que fala, antes mesmo de prestar atenção no assunto, quem estiver ouvindo fixa os olhos no dançar de lábios superior e inferior. 
E não se trata apenas de avaliar a bela boca de uma mulher. O ator brasileiro Cauã Reymond é uma versão masculina de beldade labial. 
Eles têm seus talentos, claro, mas isso é assunto para outro texto. Hoje, quer se falar das belas bocas e a forma como elas ficaram cerceadas da exposição, desde que foi instituído o uso de máscara como prevenção à Covid-19. 
Ah, vírus da capeta, que levou tantas vidas e acabou com uma de nossas liberdades de apreciação estética. Sumiram as bocas carnudas, os sorrisos fartos, a beleza de uma confirmação, a aspereza da reprovação e até a malícia do sorriso de canto de boca.
Não passam mais pelas calçadas de nossas cidades as bocas andantes, os lábios que dançam enquanto tratam sobre os mais diversos assuntos e, claro, beijam ardorosamente. Oremos pelo fim da pandemia e pela despedida da máscara, quando for seguro, porque queremos as bocas lindas, voluptuosas, e com muita saúde.

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