Muito obrigado, José Eugênio!

Agosto, ah cruel agosto que insiste em deixar suas marcas dolorosas; agosto que não para, ano a ano, de nos fazer parar. Paramos para refletir, refletimos o quão importantes são as pessoas que nos deixam neste desaforado mês. O sorriso virou lágrima, o beijo do Gordo de até amanhã virou adeus. Perdemos José Eugênio Soares, o Jô. 
Muito se falou se sua forma pouco humilde, enquanto entrevistava; talvez até seja verdade. Mas deve ser muito difícil conseguir modéstia e humildade sendo um cara de tão alto gabarito. Não falava porque exercia com maestria a sua liberdade de expressão, como tanto se defende hoje; falava, porque tinha um conhecimento gigante.
Jô era herói, era malandro, era mulher, era exagerado, era um pouco de tudo, era a alma de mais de 200 personagens de um Viva o Gordo, que não precisava apelar para fazer rir; era a coragem de deixar uma Globo, bem mais poderosa do que hoje, para ir à recém-criada emissora de Silvio Santos. 
Foi no SBT que trouxe para o Brasil esse modelo de programa de entrevista. Nascia um novo Jô,  o cara do Jô Soares Onze e Meia, o entrevistador. Autor, ator, escritor, artista plástico, apresentador, diretor, Jô. 
Foram mais de 14 mil entrevistas, foram mais de 200 personagens, foram 9 livros, foram infindáveis peças e filmes, foram mais de 60 anos de dedicação à cultura brasileira, a fazer um povo sofrido, sorrir. 
Pelas gargalhadas, pelas sacadas rápidas, pela maestria no que fazia, pelo que podemos aprender, neste período, obrigado José Eugênio! 

Abaixo, uma entrevista para rolar de rir. Jô fala com Dercy Gonçalves:

https://youtu.be/9hAOgk0fSs8 

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