Construindo a democracia

A equipe da redação integrada da Gazeta Grupo de Comunicações reuniu-se com presidentes dos partidos políticos instalados oficialmente em Santa Cruz do Sul, sexta-feira, 19, para tratar sobre a cobertura eleitoral. É um importante momento de organização das tarefas e como elas serão levadas ao público, tanto via impresso quanto rádio ou internet. Esse é o pensamento imediatista e simplista. Na prática, é muito mais do que isso: é auxiliar na construção da democracia brasileira. Oportunizar a todos os candidatos a chance de conversar com o público e mostrar seu intento é ir além. É alertar os eleitores que devem ficar atentos, como cantam os Engenheiros do Hawaii, porque muitas vezes “eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada”. Para esse tipo de político não há mais lugar. Já foi o tempo em que se sentia a “dor ao perceber que, apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”, na voz da sempre lembrada Elis Regina. É neste ano o período de consagrar os acertos e condenar os erros. Como eleitores, somos juízes, somos o júri, mas não podemos errar ao ponto de virarmos réus. Assim, como Renato Russo e sua Legião Urbana ensinaram: “Vamos fazer nosso dever de casa. E aí então vocês vão ver suas crianças derrubando reis; fazer comédia no cinema com as suas leis”. E não se trata de momento de fúria coletiva, de atacar tudo e todos. É, tão somente, a forma de falar, como Chico Buarque, que “quando chegar o momento, esse meu sofrimento vou cobrar com juros, juro”. Mas para que tudo isso aconteça, de fato, que não fique apenas no discurso bonito e engravatado, nem no jingle que a campanha mais rica pode pagar, é fundamental estar bem informado, não acreditar na primeira versão que ouvir ou receber no grupo de WhatsApp, nem ignorar o fato de que estamos em ano eleitoral. Gabriel o Pensador ensinou: “quero sorrir, mudar de assunto! Falar de coisa boa, mas na minha alma ecoa, agora, um grito. Eu acredito que você vai gritar junto!”. E o papel da imprensa séria e comprometida com o seu público, como é o caso da Gazeta Grupo de Comunicações, é tornar o mais explícito possível todos os candidatos, sejam antigos ou novatos. Dessa forma, saberão os eleitores, bem informados, dar eco ao questionamento dos Titãs, que disseram: “É seu dever manter a ordem. É seu dever de cidadão, mas o que é criar desordem; quem é que diz o que é ou não?” Nas páginas, nas ondas do rádio, no mar a ser navegado na internet, a equipe da Gazeta fará de tudo para levar a mais completa informação. E isso não é promessa de campanha. É compromisso de 79 anos de vida.

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