Valeu, dindo Betão!

Sabe aquelas pessoas que conseguem agir mais pelos outros do que por si? Aquelas que sempre têm um bom conselho, que não se furtam de ajudar quando você precisa e que chegam a um determinado ponto da vida com a certeza de terem conquistado seus objetivos? Esse é o Betão! Quando cheguei na Euclides da Cunha, 208, via nos casais Seu Auri e Dona Eva, Seu Juvenal e Dona Ceni, Valdair e Edith, Betão e Selma, além de seus filhos, uma extensão da minha família. Não raras vezes, tivemos que recorrer ao Betão por alguma necessidade, para um socorro. E ele sempre estava presente. Brincalhão, bonachão, gigante em tamanho e coração. Assim tenho registrada a presença desse ser humano em minha vida. Tamanha foi a proximidade, que acabei convidando-lhe para ser meu padrinho de Crisma, o Dindo Beto, como passou a se intitular. O tempo passou, o trabalho fez com que a distância aumentasse, mas nunca deixou de existir a certeza de que o Dindo Beto estava na arquibancada torcendo por minhas vitórias e comemorando minhas conquistas, como se fossem dele ou de seus filhos. Hoje (quinta-feira, 27 de junho de 2024), recebo a informação de que o Betão partiu para aquela viagem que não é programa, que é inadiável e que temos apenas a passagem de ida. Não houve chance de uma despedida, não houve oportunidade para um daqueles abraços apertados - comigo praticamente sob seus braços, diante de seu tamanho -, sendo o último contato um momento de festa, com música, dança e diversão, ao melhor estilo do Betão. É com essa memória que fico! E com sentimento de gratidão por ter tido a oportunidade de conhecer, de conviver, de ter entre os amigos e poder chamar de dindo o Betão da Euclides da Cunha.

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